Um conto junino

Por Gi Germano em 17/06/2023 às 12:40:23

Conto junino, 4 amigos.

Junho chegou, e com eles os festejos!

Tudo começa com Santo Antônio, sua fama de casamenteiro já o colocou em diversas situações de perigo, afinal de contas ficar de cabeça para baixo para arranjar noivo costuma dar é dor de cabeça!

São João logo chega...

Basta perceber o fogo da fogueira na noite de São João!

Antigamente, as pessoas gostavam de pular a fogueira, uns tinham cuidado... Outros acabavam chamuscados nas canelas, mas o amor tratava logo de curar!

Canelas curadas...

O jeito era seguir para o baile lá na roça que ia até o Sol raiar, entrar na casa era difícil porque estava cheia, "ninguém podia entrar". Mas era tão gotoso aquele rebuliço, mesmo o sanfoneiro tocando isso:

- "Pam, panranran, panranpanmpam"!

Nas mesas além das guloseimas, uma decoração tinha seu destaque a Capelinha de Melão, feita com rosa, cravo e manjericão, ela era de São João, todos sabiam.

No tempo em que o balão era solto, ele subia e a garoa ia caindo...

O céu era lindo, e a noite tão boa!

E os pedidos chegavam para que São João acendesse a fogueira dos corações! Os enamorados olhavam para o céu, que estava lindo.

Multicor com os balões que no céu iam sumindo!

Isso era inspirador, e numa oração um pedido era feito a São João:

- Quero casar!

Só que São João sempre direto, logo dizia:

- Isto é lá com Santo Antônio!

E então lembramos o início da história...

Corrida para Santo Antônio!

Que já se preparava...

Ou ficaria de cabeça para baixo ou cercado de pedidos para encontrar o amor...

Como se ele pudesse fazer isso, coitado!

Engraçado eram os pedidos que chegavam a São Pedro e a São Paulo!

Do paraíso o velho num sorriso dizia:

- Minha gente, eu sou chaveiro, nunca foi casamenteiro!

E São Paulo completava:

- Se for para converter alguém, é comigo...

E claro que os dois amigos se divertiam juntamente com São João e Santo Antônio nesta época junina!

Assim...

Os que não esperavam pelo milagre do santo casamenteiro, resolviam com as próprias mãos!

Isso foi o que aconteceu com Pedro, filho de Dona Severina.

Pegou a filha de João, uma devota, e levou correndo para o Padre Antônio casar, mas a confusão foi tão grande, que Pedro, fugiu com a noiva.

E seu amigo Paulo emprestou o transporte para que eles vivessem felizes para sempre!

Fonte: Texto criado por Gi Germano

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